27 de dezembro de 2007

Como vai ser quando o tempo passar?

Hoje fiquei pensando nisso durante o almoço.
Observei durante minutos, calada, o diálogo entre a minha avó (86) e sua cunhada (88).
e a preocupação delas é a mesma que a minha!
ou vice-versa?
Quanto tempo de vida ainda lhes resta?
engraçado!?
um pouco triste.
se vive tanto tempo para um dia acabar?
cadê Deus?
Por que não me responde?
percebi o quanto as duas estão lúcidas, ainda bem!
não posso dizer que cheias de saúde, nem de disposição... mas cheias de vontade de viver.
o que, para mim, já está bom!
percebi que a minha avó se vira menos sozinha. Também, seus 9 filhos paparicam a sua doce velhice.

Elas estão bem enrugadas. São lindas. São fofas.... e o mundo devia parar quando elas se põem a conversar...

19 de dezembro de 2007

Ando gostando demais

eu gosto de gostar!

13 de dezembro de 2007

...

Ao vê-la se afastar, Ele sentiu uma perda.
Como é possível, pensou ele, sofrer por uma mulher que manteve à distância para não sentir falta dela quando ela fosse embora?
Só então percebeu o quanto querer só uma parte dela fez os dois sofrerem
e como não podia justificar seus atos
exceto por, bem...
a vida é assim.
ontem cometi o que Beta definiu para mim como:
orkuticídio!
me matei no mundo azul!
....
por um tempo.

não sintam-se culpados!
nem sintam saudades
não sofram por mim..

logo eu volto.
pode!

quero ficar tranquila um pouco.
Estarei sempre aqui!

10 de dezembro de 2007

Ufa...

vou escrever bem rápido
porque é assim que as coisas estão acontecendo aqui dentro
da minha cabeça e do meu coração
não tenha medo, é só um desabafo, e se você não me entender
eu finjo que eu também não!
é que não consigo não falar!
e falar também não!
calma... eu explico!
eu preciso ser honesta e franca
mas não quero te assustar
é que não quero ligar o filtro entre o que penso e digo
só porque talvez você não me entenda
e não é por isso só
o medo é que você fuja de mim!
e é bem isso o que eu não quero
eu quero é, pelo contrário, poder olhar dentro desses seu olhos
que são da cor que eu quiser
já que você é daltónico.
Preciso dizer que acho tudo em você muito bom!
um charme seus óculos!
Preciso dizer que quase morro
quando você não para de olhar para mim!
que amo o seu humor inteligente
calma!
não se assuste!
ainda vai piorar!
amei ver você jogar! xingar...
não aguento quando você faz uma cara séria
eu fico tensa! mas eu adoro!
porque eu, decidi depois de um tempo
que ia escolher um homem!
que fosse gentil!
que me deixasse pensar e decidir!
que me deixasse feliz!
quando você disse que ia em qualquer lugar
e só queria estar comigo
putz
eu quase morri!
e eu fico tímida
porque eu preciso falar o que tá sendo processado aqui dentro
e você vai me achar louca
mas voltando ao que eu tinha decidido...
eu decidi que queria um homem sério!
um homem que fosse bom em alguma coisa
e você é ótimo!
alguém inteligente com quem eu pudesse aprender um monte de coisas
e você é professor!
trabalhador!
honesto, ético!
e também decidi que queria alguém que
me fizesse arrepiar
acho que eu escolhi você
para ser meu par
...

8 de dezembro de 2007

CORRENTE

Achei legal e tb quis fazer
...

1º) Pegue um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2º) Abra-o na página 161;
3º) Procure a 5ª frase completa;
4º) Poste essa frase no seu blog;
5º) Não escolha a melhor frase nem o melhor livro;
6º) Repasse para outros 5 blogs.

"É melhor a prisão do que o sequestro."
é essa a quinta frase da pagina 161 do livro: Elite da Tropa.

mas vou postar o resto do parágrafo tá?
"se ninguem fica sabendo de que ele está nas mãos da polícia, tudo é possível. Podem executá-lo e desaparecer com o corpo. Qual o registro de que ele fora capturado no interior da Paraíba? Ninguém soube, ninguém viu. Se quisessem me matar, já teriam feito, lá mesmo. Para que me trazer de volta ao Rio? A pior experiência briga com o medo na arena turva de sua consciência."

vou ficar devendo os 5 blogs. Não conheço muitos
My
Serginho
Le
Cristie
....

1 de dezembro de 2007

Nitidez

agora enxergo nitidamente

com olhos anti-reflexo

estou pronta!

podem vir!

placas de transito, letreiros de lojas, pilares na garagem, bicicletas, sobrancelhas mal tiradas, pêlos nos bigodes, rugas nas mãos, letrinhas pequenas no teclado, ícones pequenos na tela do computador, já sei qual é a garrafa de café doce e sem açúcar, já sei que a dona Inês tem mesmo celulite no braço, que as árvores tem folhas bem definidas e não são um borrão. . .

Já sei quando um tchau é pra mim! agora eu vejo tudo bem nítido

tenho quatro olhos

de novo

:D

26 de novembro de 2007

Ja Passou

tudo bem

você não precisa acreditar

as vezes nem eu acredito!

como a pedra atirada

-que foi-

se foi...

e

quando eu vi...

passou!

19 de novembro de 2007

Sobre o feriado - PARTE I - parte!


e a chuva veio

e com ela o frio

o tempo que mesmo fechado foi bom

um bom tempo!

um novo tempo

9 de novembro de 2007

desfrutando da boa -e temporária- vida de solteira!

q"Abre as cortinas pra mim
que eu não me escondo de ninguém"
______________________________

-Hj eu estou nos boicotando- eu disse!
e Putz...
o diálogo clichê maravilhoso pelo msn começou
aí descobrimos muitas coisas um do outro
coisas em comum
coisas muito diferentes
coisas que irritam
e que alegram
combinamos que
comos nos conhecemos numa mesa de carteado
continuaremos jogando
como parceiros
duarante mais algum tempo
um bom tempo...

7 de novembro de 2007

Madrugadeira

tarde da noite
fiquei off pra todo mundo mas continuo aqui
conectada
o sono ainda não me arrastou para a cama
ao seu encontro

esta pedindo pra que eu pague um pedágio
em frente a TV

pior que tenho tanto o que fazer
mas anda difícil me concentrar
minha cabeça anda girando demais!

tudo bem
espero pelo dia 15
vou levando como dá
fazendo para entregar
até lá

quando vou me encontrar com o mar
me renovar

eita dia que demora pra chegar!

1 de novembro de 2007

NÃO VÁ SE PERDER POR AÍ

24 de outubro de 2007

Ardem

os meus olhos de tanta tela
tanta letra
tanto botão

alguem me ensina a parar o tempo?
e a ter todo o tempo do mundo
para terminar?
parece que acabo de começar,
mas meus dedos doem
meus olhos ardem e meu estomago nao pára de roncar

o disquete trava!
também... que ultrapassada
que um pen drive não foi comprar!

pelo menos teve cachorro-quente de esquina
com direito a copinho de tubaína
e uma amiga que sempre me anima
mais do que cocaína,
uia... essa foi só pela rima

vou lá
o dever me espera
a cama e o celular
que tá pronto pra despertar

10 de outubro de 2007

Não tem pra onde correr!

Saudade agrega valor....

Eu ouvi isso de uma amiga que pensou ter feito alguma piada. De certa forma, na hora em que foi dito, foi engraçado. Mas quando esse sentimento começa a te consumir durante uma parte muito grande do seu dia, você começa a pensar que talvez muitas coisas fossem diferentes

Se ...

Enquanto isso entenda que existem dias que as horas não passam e que aquela pessoa não sai da tua cabeça mesmo vc tendo feito o que fez e passado pelo que passou por ela.
E que sofrer não resolve, mas sentir falta é inevitável! Assim como esses dias... em que a saudade agrega valor a pessoa, mesmo que ela não mereça.
Entende?

6 de outubro de 2007

3 de outubro de 2007

CONECTADOS

Certas noites sozinha,
ela pensava nele.

Certas noites sozinho,
ele pensava nela.

As vezes isso acontecia ao mesmo tempo

E assim eles se relacionavam: Sem saber!

19 de agosto de 2007

mãe e pai - meados dos anos 80


Não acreditei quando ví
mas é verdade.
meu pai agora também tem orkut!
moderninho demais pro meu gosto.
Rocky Balboa
"Não está acabado até que esteja terminado."
no mínimo nostálgico

12 de agosto de 2007

Toda Luz

sobre essa letra eu penso: será que nao fui eu que escrevi?
não!
então resolvi copiar e colar aqui


Toda Luz - GRAM:

Todo fim faz-me clarear
Talvez paz, não mais te esperar
Sei que errei, por muito tempo eu te dei
Toda luz...
Todo sim fez-me adorador
Sempre atrás de um beijo, um sorriso, um olhar eu
estive
Sei que não dá pra ter de volta o que eu te dei
Toda luz...
Muita luz pra alguém que nem queria ficar,
Mas nem sair...
Bem atrás da casa havia uma linda flor,
Você nem viu...
Todo não fez-me desvaler
Ir de encontro ao pior de você não era justo não
Sei que errei, por muito tempo eu te dei
Tanta luz...
Muita luz pra alguém que nem queria ficar,
Mas nem sair...
Bem do lado interior do coração,
Ainda mora um forte afeto por você...
Bem atrás da casa havia uma linda flor,
Você nem viu...

22 de julho de 2007

Domingo de noite chuvosa

(psicologa) e como voce se sente?

Fernanda diz:me sinto livre

Fernanda diz:sem saber o que fazer com a liberdade

Fernanda diz:mas muito disposta a descobrir

19 de julho de 2007

Quanto tempo faz...

Muito.

Tem dias em que as palavras não saem
fica o nó na garganta!

tem dias que não saem porque você saiu...
foi ser feliz!

esse blog é a parte mais triste de mim!

não consigo me expor feliz da vida

e ainda bem que faz tempo que não posto aqui

:D


_________________________________________________________________
nota de justificativa às poucas postagens feitas no Fabuloso Destino

21 de junho de 2007

Meu amigo Royal que escreveu
eu amo as coisas que ele escreve:

"Quem eu sou?
Uma mistura do que eu fui
Um caminho no qual eu vou
Emaranhado de como estou
Ou de como vou ficar
Quem eu sou?
Impossível explicar
Sou fogo, terra, água ou ar?
Uma aquarela de pintar,
que pouco pintou
Quem eu sou?
Meio livro, ainda sem final
Meio louco, ainda que normal
Não sou só o que passou
Sou o que serei
Sou vida
Sou volta ou ida
Chegada...partida...
verei
O que ...? não sei
O hoje pode virar o amanhã
O amanhã repetir o ontem
Eu? Ainda serei EU...continuarei
Quem eu sou?
Sou uma descoberta atrás da outra
Um sonho que voou
E eu sou à vontade de alcançá-lo
Ou apenas o prazer de buscá-lo
Eu sou sentimentos
Eu foco planos...
Mas sou... Momentos!"
(Antonio Luiz Teixeira da Silva Jr.)

31 de maio de 2007

isso aqui é muito legal:
"Poeta, meu poeta camarada
Poeta da pesada,
do pagode e do perdão
Perdoa esta canção improvisada
Em tua inspiração
De todo o coração
Da moça e do violão
Do fundo

Poeta, poetinha vagabundo
Virado, vira mundo
Vira e mexe, paga e vê
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vinicius velho, saravá "

25 de maio de 2007

a lista das 7 bizarrices

Também fiquei com vontade de fazer uma lista com as minhas bizarrices
lá vai...





1. Adoro ouvir a conversa dos outros sem ser percebida.

É isso. Fico quietinha ao lado de uma roda ouvindo as pessoas contarem como foi a balada do fim de semana, porque foram mal na prova, como terminaram um namoro, onde fizeram a escova progressiva, e etc... em alguns casos chego a esquecer que não estou participando da conversa e quando dou por mim já estou comentando na roda de estranhos.



2. Não consigo ficar com o Nariz sujo.

O que implica em ficar toda hora com o dedo no nariz. Para mim é questão de higiene, mas há quem diga que eu é que sou a porca.



3. Morro teimando.

Enquanto houver um fiapo de motivo para teimar me agarro nele e não solto. Até que alguém me prove por A + B que eu to errada! Isso é péssimo!!



4. Defensora dos fracos e oprimidos

Defendo alguém que esta sendo difamado numa roda, mesmo quando essa pessoa merece e eu sei disso. Tenho dó da pessoa não estar presente para se defender e acho muito fácil falar na ausência da pessoa, pelas costas, de forma confortável e covarde, mesmo quando se tem razão e quando fazem isso em grupo me tiram do sério.



5. Tenho o medo de atravessar a rua e ser atropelada por um ónibus.

Sonho que vou atravessar a rua e morro atropelada por um onibus que esmaga meu cerebro. Sonho isso desde pequena, o que me faz pensar vinte e cinco vezes antes de atravessar uma rua.



6. Acabo com o meu salário até o dia 20.

E vivo o resto do mês como uma mendiga. Sem nem um real na carteira! juntando moedas que acho pela casa e troco de supermercado, bolsos falsos de bolsas e etc.



7. Pirraça

Faço coisas de pirraça! Muitas. Me demoro numa loja quando a vendedora quer me por pra fora logo, irrito com perguntas quando a moça da biblioteca me maltrata, enfim... sempre irrito quem me irritou primeiro

23 de maio de 2007

Nada Normal

Hoje eu acordei
vi meu biquíni pendurado no varal
Não é normal...
Me lembrei do frio,
Me lembrei que horas eram
me lembre onde era para eu estar
me peguei pensando que talvez eu fosse surpreendida
Com uma ligação: Não fui!
Ou outra: Me desculpe, Venha!
Me peguei pensando nas previsões...
As do tempo – e desejei que chovesse forte!
As de minha terapeuta de plantão
-e pensei que estavam erradas
Meus pés não estão mais no chão!
Minha cabeça está viajando.
Sonhando...
E quando ela volta, pousa
percebo que estou aqui
agora,
sozinha na cozinha,
procurando uma meia apressada
pra não chegar atrasada
finco de novo os pés na realidade
sobra saudade
E dor,
Que me corrói por dentro
Deixando maior o vazio que você deixou
quando abriu a porta do carro, me mandou descer
e se foi

Parte VII

Paula e Thiago ficaram a manha toda se beijando, não conseguiam dormir porque parece que tinha um imã em suas bocas. Paula não via a hora de Carla acordar para poder contar-lhe tudo o que estava acontecendo. Para alívio de sua ansiedade, Daniel apareceu na porta do quarto:
-Bom dia casal!
-Bom dia!- coro.
-Daniel, a Carla tá acordada?
-Tá lá no meu quarto com preguiça de levantar. Vai lá.
Paula entrou no quarto, viu Carla na cama e comentou:
-Humm... Que cheiro de sexo!
-Humm... Que cara gozada.
As duas riram.
-Então Carla, você vai para Santa Fé?
-Ah meu, não queria ir. Mas minhas desculpas já se esgotaram. Faz muito tempo que eu não vejo meus pais e nesse feriado não vou conseguir escapar. E aí prima? Me conta como foi? Quando eu voltei lá de cima vocês dois tinham sumido.
-Pois é menina. To passada! Ele é um fofo.
-Transaram?
-Não.
-Por que ? –perguntou assustada.
-Carla! Eu não sou uma putinha igual a você.
-Você é boba isso sim! Não sei como você aguenta!
Os quatro foram para a varanda da sala. Era quase meio dia de uma típica tarde de inverno fria e ensolarada. Enquanto Paula e Carla fumavam seus cigarros e ensaiavam desculpas esfarrapadas capazes de justificar a dormida-fora-de-casa-sem-avisar-previamente, Daniel foi passar um café e Thiago “preparar um” e fumá-lo lá no quarto.
O telefone de Paula toca e é Pedro: seu pai.
-Filha, estamos saindo para viajar. Voltamos no Domingo de noite. Não esqueça o gás ligado, nem os vidros da casa abertos porque pode chover.
-Boa viagem pai!
-Você tem dinheiro?
-Não muito!
-O pai deixa um deizão em baixo do telefone tá filha?!
-Tudo bem! Vai com Deus pai.
-Fica com Deus você também minha filha, se cuida! O pai te ama!
Paula virou-se para Carla e comentou:
-Não precisa mais queimar as pestanas! Ele nem quis saber!

Depois do café, as duas abriram umas latinhas de cerveja remanescente e ficaram na rede da varanda enquanto os meninos faziam uma macarronada.

Eles almoçaram. Paula e Thiago tentaram dormir mais um pouco. Tinha alguma coisa que não deixava Paula dormir tranquilamente. Era algo duro que ficava encostado em sua perna. Thiago tinha muito tesão por Paula. Ele respeitava Paula não forçando barra, mas seu membro permaneceu duro aquela tarde toda. Enquanto estavam deitados, abraçados, Paula se lembrou de Pedro pela primeira vez, tentou resgatar na memória a quanto tempo ela não se sentira desejada desse jeito por ele, pensou nele pela primeira vez sem mágoa, sem rancor e sem amor. Adormeceram abraçados...

(...)

-Vamos lá ver se você é boa de mira!- disse Thiago para Paula
-Cuidado que eu te acerto.

Cada um carregava uma espingarda, foram para o jardim da casa penduraram um alvo na árvore, e entregaram uma encomenda de pastéis para Carla e Daniel.
Carla e Daniel foram andando até a pastelaria que ficava a duas quadras dali.
-Dan, o que você achou da Paula e do Thiago?
-Não conte a ela, mas ele já sabia que ela vinha. Eu mostrei o orkut dela para ele e a gente morreu de rir das comunidades dela. Ela é bem o tipo do Thiago sabe?
-Sério? Hahahahahaha, eu vi que ele não tirava os olhos dela enquanto a gente conversava la na sala... Nossa.... Olha quem tá ali! – Carol ficou espantada quando viu quem estava sentado no bar que ficava em frente a pastelaria.
-É a lenda do Bill! – disse Daniel ao ver Pedro (o ex de Paula) com uma cara muito baixo astral, bebendo sozinho.

Pedro era dessas pessoas que sentam no bar sozinhas para beber. Filho de alcoolatra, com tendências fortíssimas ao vício. Talvez esse fosse o maior problema entre ele e Paula, a bebida. Além de beber, Pedro tinha muitas características explícitas de um alcoolatra. Era emocionalmente desequilibrado, tinha baixa auto-estima, não conseguia terminar nada do que começava, não conseguia se concentrar nos estudos e aos 25 anos de idade não tinha a menor ideia do que queria da vida. Era sustentado pela mãe e pela avó. Não se importava em gastar o dinheiro delas e ouvir todos os dias que precisava arrumar um emprego. Por outro lado, a mãe e a avó eram cúmplices de seu vício, já que enchiam sua carteira de dinheiro. Paula conhecia Pedro profundamente, provavelmente mais do que ele mesmo. Conseguia perceber coisas a respeito da personalidade e das atitudes dele que nem ele mesmo entendia. Ela era uma estudiosa de psicologia, e criou muitas teorias tentando explicar a estranha personalidade do ex. Outro problema é que Paula era uma menina boa. E sempre acreditava que as pessoas podiam se transformar em pessoas mais fortes a partir de problemas superados. O que enchia-lhe de esperanças em relação a Pedro.

(...)

Quando Carla e Daniel voltaram com os pastéis encomendados, viram Paula aprendendo a atirar com Thiago. Ele estava ensinando como mirar e para sua surpresa a pontaria dela era muito melhor que a dele.
Carla assistiu aquela cena e lembrou-se que a menos de duas quadras dali, Pedro estava sentado sozinho em um bar bebendo. Ela parou, admirou a cena por alguns segundos e pensou: Bem feito para Pedro! Ninguém podia ousar fazer sua amiga sofrer como ele fizera. Ela era uma pessoa integra e que se preocupava mais com o próximo do que com ela mesma.
-Você vai ficar comigo esse feriado?- perguntou Paula.
-Claro! Esse e todos os outros até o dia em que eu for embora. E olha que você corre um risco enorme deu te levar comigo. Linda!

22 de maio de 2007

Parte VI

Enquanto Paula e Thiago partiam para a terceira garrafa de vinho, Carla e Daniel partiam para o mezanino da casa, onde ficariam a sós e a vontade.
-Tome a sua taça.- disse Thiago, estendendo-a para Paula.
-Daqui a pouco eu vou dançar pelada em cima da mesa.- disse Paula já meio bêbada, sem coordenação motora e reflexo nenhum. Talvez por isso ela tenha derrubado uma boa parte da taça no próprio vestido, que por sorte era preto.
-Hauhauhauahuhauhauahuahuahuaa.– riu Thiago
-Aaaaaaaaaa cala boca! (...) Thiago, sente-se aqui, vamos conversar!
-Então não me olhe com essa cara de quem vai me fazer um interrogatório.
-Mas eu vou!
-Vai?
-Vai ser quase um!
-Hauhauahuahuahauauhauhauahuahuahuaua

Eles estavam bêbados, felizes, conversando como se fossem amigos de infância. Paula estava tão bêbada que se esquecera do quão atraente era Thiago e o tratara como se ele fosse um de seus amigos, o que fazia com que ela parecesse um homem. Paula tinha dois irmãos mais velhos, de modo que cresceu no meio de homens. Sua casa sempre foi lotada de garotos falando em masturbação, bunda de mulher, drogas, carros, bebidas, video game, musica, rock alternativo, gírias e etc. E Thiago estava muito encantado com ela, o que era muito estranho.
-Paula?
-Oi!
-Você esta a vontade comigo?
-Sim!
-Vamos ao meu quarto? Quero te mostrar umas fotos lá da Itália, de Amsterdã e de umas viagens que eu fiz pela Europa.
-Hahahahhahahahaha. No seu quarto? – Perguntou Paula
-Sim- respondeu Thiago, sem achar nenhuma graça
-Vamos.- ela concordou toda confusa, sem entender o que ele queria de verdade.

Quando ela se levantou do sofá sentiu a casa toda girar e segurou no braço de Thiago. Ele a pegou pelo braço com força e achou que esse fosse o momento a que ela se referia quando disse que beberia até morrer.
-Ainda não! – respondeu Paula. - Mas os objetos da sala estão rodando. Preciso me deitar um pouco.
-Thiago ameaçou pegar Paula no colo que retrucou imediatamente:
-Seria necessário você e mais dez para essa tarefa, eu consigo ir andando.
-Hauauahauhauhauhauhauah. Fala sério! Essa merda de academia deve ter me servido pra alguma coisa, relaxa, pode confiar em mim, vou cuidar de você.- Thiago carregou Paula no colo até o quarto do qual tinha tomado posse na casa dos tios.

Ela se dividia entre pensamentos erótico a respeito de Thiago e os objetos que rodavam a sua volta. Ela estava definitivamente bêbada. Deitou na cama e logo dormiu.
(...)
Acordou dali a 3 horas. Eram cinco da manhã. Abriu os olhos e a primeira coisa que viu foram os olhos verdes de Thiago observando os seus que acabavam de se abrir. Thiago falou:
-Estava esperando você acordar pra te dizer que estou apaixonado por você!
-Não tente me beijar que estou com bafo!
-Hauhauahuahuahahauhauhauha- os dois riram
-Esta mesmo – disse Thiago
-Eu avisei! Seu loki
-To brincando sua tonta!
Paula sentou-se na cama e perguntou a ele:
-Você dormiu aqui?
-Sim! Fiquei vigiando a mocinha até agora?!
-Heaheuahuehahuea- riu sem graça e começou a observar o seu quarto. - Essas coisas todas são suas?
-Não! Muitas são do meu primo que tá viajando. Esses livros aqui são meus, aqueles ali em cima são dele. Esse computador é meu, essas fotos são minhas...
-Essas medalhas?
-São dele! Pra que eu traria medalhas para cá?!
-Boa pergunta!
-A sua que foi péssima!
-Hauahuahauhauhauhaua. Para de ser folgado!
-Estou te provocando, quando eu gosto de alguém eu agrido!
-Hauhauhauahuahauhauhua, você tá me tirano?
-Claro que não! Você é incrível! Estou tão a vontade perto de você que daqui a pouco já estou peidando na sua frente. Você é super divertida, inteligente, tem senso de humor e ainda por cima é linda!
-E essas espingardas?- Perguntou Paula mudando de assunto.
-Amanha cedo te ensino a atirar lá no jardim.

Ainda era 5 da manha. Paula estava feliz ali com ele e não pensara nenhuma vez se quer em Pedro. O que era um milagre! Ela só conseguia pensar numa boa desculpa para dar para o pai dela, por que motivo ela teria dormido fora de casa?
...

Enquanto ela olhava as fotos e ouvia todas as histórias de todos os lugares... Thiago tirou as fotos de suas mãos, segurou sua nuca, se inclinou e tentou beijar sua boca! Ela se esquivou um pouco, ficou assustada e ao mesmo tempo arrependida por não ter retribuído imediatamente aquele beijo. Se olharam fixamente nos olhos e sentiram a respiração ofegante um do outro. Ele segurou firme no seu braço e a beijou, só que dessa vez ela retribuiu e teve a sensação de estar mordendo uma nuvem. Que boca macia! que beijo gostoso! Ela mal podia acreditar que depois de 4 meses de seca, estava beijando alguém. E justo quem! Em que situação! Paula achava que essas coisas legais só aconteciam em histórias de blogs e nunca na vida real, logo, nunca aconteceria com ela. Agora ela não conseguia pensar em mais nada.

4 de maio de 2007

PARTE V

-Alguém aí quer beber alguma coisa? – perguntou Thiago. Ele e Daniel foram entrando e fazendo barulho pela sala.
-Eu quero beber até morrer hoje!- brincou Paula.
-Hahahahaahahahahahaha. – riram todos.
-Você prefere morrer rápido ou devagar? – Perguntou Thiago
-Devagar, pode trazer um vinho mesmo.
-Tá! Eu vou tomar o whisky do tio.- disse Thiago.
-Isso seu filha da puta, e vê se não esquece de por a culpa em mim depois.- comentou Daniel que estava acendendo a lareira da sala.- traz um copo pra mim também. E a Carla que uma taça.

O clima era de romance, uma noite de frio, bebida alcóolica, lareira, um casal de namorados e duas pessoas completamente livres e desimpedidas muito interessadas uma na outra.

-Como você foi dar na Itália?- perguntou Paula
-De avião.
-Hummmm. Que piadinha péssima!- brincou Paula
-Já me arrependi de ter feito. Prometo caprichar na próxima. Então, meus pais são divorciados, meu pai mora aqui em Maringá e minha mãe conheceu o noivo dela pela internet. Eis que com tanto lugar (...) um doido lá na Itália. Ela foi pra lá, casou-se com Mateu e vive lá. Eu terminei a faculdade e fui pra lá estudar mais um pouco. Tentei fazer mestrado, fui aceito, tirei minha cidadania italiana e... enfim, to vivendo lá por enquanto. É uma delícia a cidade onde eu moro, mas eu ainda volto para o Brasil. Meu negócio é essa terra de ninguém aqui.

Carla e Daniel liam gibis e davam risada. Deviam estar bêbados, logo começaram a dançar pela sala e fazer acrobacias. O peso de Carla era ideal para a dança. E os dois se divertiam como se estivessem sozinhos.

Daniel e Thiago eram primos por parte de pai. Os dois estavam estreitando laços agora. A diferença de idade agora não era mais um fator tão agravante. Mas quando Daniel tinha 10 anos, Thiago tinha 16, enquanto ele batia punheta, Daniel só jogava vídeo-game .

-Você tem namorado?
-Eu? – perguntou Paula, quase engasgando com o vinho, nervosa.
-Não, a lareira, será que você já tem alguém para aquecer nesse inverno lareira?
-Hahahahahhaha- riu sem graça. Respirou fundo e respondeu – Não. Tenho um ex-namorado... de 4 anos... eu o odeio de tanto que amo!
-E por que terminaram?
-Ah... tem alguma coisa a ver com orkut. Hehehehehehehehehehe
-Hauahuahuahuahuahauhauhauahuahauha
-Hauhauhauhauahuahauhauhahauhauhauau
-É verdade!- disse Paula em meio as gargalhadas.
-Mesmo assim, pareceu piada! Que desculpinha mais esfarrapada foi essa?
-Também nunca consegui entender. Eu não sei, mas acho que ele não gostava mais de mim e veio com essa historia. Eu ainda tentei conversar pra gente pelo menos terminar numa boa mas... não teve acordo. Ele disse que não queria mais ouvir minha voz, nem me ver tão cedo na frente dele. Agora eu estou melhor, mas nos primeiros dias eu pensei que fosse morrer.
-Que cara escroto! Mas eu duvido que ele não gostasse mais de você. Se fosse isso ele teria terminado numa boa, sentindo pena de você mas sem te magoar ainda mais.
-É... não consigo entender. Também acho que não quero mais entender. É passado, então deixo para trás. Na verdade ele nunca me tratou do jeito que eu queria mesmo. Tava sempre faltando atenção, comprometimento, carinho, companheirismo e essas coisinhas pequenas que nos deixam cheios de satisfação sabe?
-Coisinhas pequenas que nos deixam cheios de satisfação?- perguntou Thiago meio abobado.
-É... essas coisas que...
-Eu sei!- interrompeu Thiago- é que to besta de ouvir a sua maravilhosa definição.
-Ahahhahahahhahaha. Você tá me tirando ?
-não to !
-tá sim! Seu loki
-menina, senta aí de volta se não...
Thiago segurou o Braço de Paula. Ela se sentou denovo e riu.

-vado baciarti!
-Só espero que isso aí que você falou não seja nenhuma pornografia. Hahahhahahahaha- riu Paula.
-Não é... é quase tão lindo quanto “Coisinhas pequenas que nos deixam cheios de satisfação!”
-Eu acho que você fumou muita maconha.- brincou Paula.
-Também acho... Você ainda quer beber até morrer?
-Sim... traz a garrafa de vinho pra cá!
(...)

3 de maio de 2007

Parte IV

Enquanto isso, Lorena e Rafael estavam em plena Lua de Mel, na Guarda do Embaú.
(...)
Eles viajavam juntos em toda e qualquer oportunidade. Esse feriado caiu como uma luva para eles ficarem o máximo de tempo juntos. Rafael foi buscar Lorena na rodoviária de Florianópolis. Ela estava cansada da viagem de 12 horas, com a bunda quadrada, precisando de um banho e uma cama pra deitar, mas teria que agüentar 3 horas dentro de um carro até chegarem na Guarda. Com Rafael, 3 horas passariam em 3 minutos.
-Oi pequena – disse Rafael
Ele é um cara de estatura mediana, tinha muita barba e cabelo, tinha todos os pré-requisitos para ser um “Los Hermanos”. Era um cara de poucas, mas engraçadas, palavras. Tinha se mudado para Santa Catarina porque lá o jogo não era proibido e ele ganhava dinheiro montando e vendendo máquinas de caça-níquel. Lorena já tinha se conformado com a profissão de seu namorado e vivia dizendo que ela seria mulher de bicheiro. Compraria roupas estampadas de onça e sapatos escarpins só para buscar as crianças de minivan na escola.
-Oi Rafa. – disse Lorena, já pendurada em seu pescoço.
Essas horas, em que via Rafael, faziam ela entender porque esperava por ele há tanto tempo. Ele era do tamanho do vazio dela. Um pequeno-grande homem. Eles, então, se completavam como feijão com arroz, café e cigarro, Kibe cru e qualhada.
Quando ela se deu conta, já estava sorrindo e com as bochechas mais cor-de-rosa do que o normal...

(...)


Foi o tempo delas passarem no posto de gasolina, comprarem uma caixinha de beer, todos os pacotinhos de chips disponíveis na conveniência e irem para casa de Daniel. Tocaram a campainha e Daniel abriu o portão da garagem. Gritou lá de dentro:
- Guarde o carro aqui! É mais seguro.
- Carai! Será que eu passo aqui sem destruir meu carro?- cochichou Carla com Paula.
- Tem espaço pra passar um caminhão aqui. – respondeu Paula.
As duas estavam meio caladas e meio sem graça. Efeito das baforadas que deram naquele baseado antes de sair de casa.
A CASA dos pais de Daniel era como um paraíso natural em meio a selva de pedras. Ninguém diria que atrás daquele muro alto, estaria uma casa tão confortável e cheia de verde como aquela. Fazia mais frio naquele jardim! Podiam sentir o vento gelado no rosto e o cheiro de verde.
Elas passaram pela porta de vidro e Daniel começou a fazer as apresentações:
- pessoal, essas são Carla e Paula.
-Meninas, essa é Regina e Roberto, Fabio e Cláudia, e esse aqui é Thiago, meu primo.
Feitas as apresentações, elas se acomodaram no sofá e trataram de interagir na conversa. Encheram seus copos e ficaram meio envergonhadas de acenderem seus cigarros ali dentro.
-Eu vou na varanda fumar um cigarro- disse Paula.
-Pode fumar aqui mesmo- disse Thiago.
-Tá se sentindo na sua casa seu Italiano de uma figa.- disse Daniel.
Thiago mora em Florença e veio ao Brasil terminar seu mestrado em comunicação nos países de terceiro mundo. Ele era um mini gênio, que foge dos padrões: óculos, livros e arrogância pra dar e vender. Ele era extrovertido e brincalhão. Sua voz era linda e Paula percebeu que ele era alto, moreno, seus olhos eram claros, seus braços eram fortes e suas mãos eram enormes. Ela só conseguia pensar: onde esta a fila de candidatas a namoradas dele? Será que ele deixou uma namorada na Itália? Mas será que ele é fiel a ela? Será que ele tem pinto pequeno? Que tem alguma doença venérea?
-Eu ia perguntar agora mesmo se alguém tinha um cigarro pra me doar.- disse Thiago interrompendo sua viagem mental.
-Pode fumar do meu se quiser!- Paula respondeu simpática.
Todos conversaram bastante, disseram o que faziam para ganhar dinheiro, em que eram formados ou que curso estavam fazendo. Todos ali tinham entre 22 e 27 anos. A mais nova era Carla e a mais velha era Regina. Ela e Betinho estavam noivos, juntando dinheiro para dar de entrada num apartamento.
Enquanto Paula interagia com os amigos de Daniel, Carla não pôde deixar de observar que Thiago não tirava os olhos de Paula. Ele já sabia que Paula viria e já tratara de conhecer um pouco mais seu perfil através do ORKUT. Ele estava solteiro há 4 meses, no Brasil há 2 semanas e sem nenhuma grande conquista em relação ao sexo oposto. Ele gostou das fotos de Paula, curtia mulher de curvas, mesmo as arredondadas demais como as dela e seu manequim 40.
Os dois casais de amigos de Daniel foram embora. Paula virou-se para Carla enquanto Daniel e Thiago foram abrir o portão e disse:
-Você me deixa em casa?
-Se você quiser ir embora eu levo, mas você tem certeza que não quer ficar?
As duas ouviram as portas da sala se abrirem, era Thiago voltando para procurar o controle. Entrou e logo saiu com o aparelho na mão. Carla ficou paralisada, virou-se para Paula e disse:
-Acho que gozei!(...) vamos esperar eles voltarem aí você me diz se quer ficar ou não.
(...)

2 de maio de 2007

Funcionário do CRAS (Central) tem que:
Saber que quanto mais faltam recursos, mais precisa-se de criatividade.
Ter disponibilidade de, uma vez por mês, almoçar no serviço.
Ter algum dote culinário para exibir nesse almoço.
Gostar de receber sabonetes da Natura de presente.
Amar catálogos.
Ao menos uma vez na vida, ter vendido alguma coisa no Setor (bijuterias, roupas, Natura, Avon, Abelha Rainha, rifas, jantares beneficentes, trufas, pijamas, Demillus ou Lingerie da sogra da filha).
Dar carona no mínimo até a catedral.
Economizar tudo! Menos energia...
Compreender que seu nome talvez apareça no “mural” da cozinha relacionado a alguma piada.
Tem que ser bom de garfo.
Tem que fazer regime (se for mulher).
dizer que todas estão “bonitonas” se for homem (e o único no Setor)
Tem que ouvir a Nena falar: Não dê ousadia!
A Célia: assine a folha ponto para não receber falta!
A Milza: Nossa! isso é do tempo em que eu era virgem!
A Dna Inez: 10 R$ mais o dinheiro do busão.
A Geci: “Tu vai? Tu viu? Eu trouxe pra Tí”
E por aí vai...
Dormir em cima de três cadeiras.
Fazer fila na hora do almoço para escovar os dentes.
Ter vontade de ir ao banheiro, perceber que essa vontade é coletiva e que por tanto ele está ocupado.
Tem que já Ter dito: “vê se a Vera não ficou trancada pra dentro”
Saber que em breve a gente vai se mudar.
Procurar, procurar e não encontrar um bom lugar
Achar o lugar e a Secretária não aprovar.
Tem que de vez enquando cansar e ter vontade de se aposentar.
Não saber quando o salário vai aumentar.
Tem que ser meio artista. Ter umas idéias boas.
Tem que Ter saco!
Bom humor e tato...
Saber respeitar o próximo, seus gostos, limitações, entender que de vez enquando todo mundo acorda virado.
Ter atendido o telefone e dito: não sei quando a cota vai chegar, ligue na semana que vem.
Ter andado de Kombi,
Ido à SASC.
Ter feito hora extra a troco de B. H.
Tem que ter lido isso tudo até aqui
e pensado: não é que eu me encaixo aqui ou ali.

25 de abril de 2007

Parte III

Carla conheceu Daniel. Um cara bonito, barbudo, médio cabeludo, mais novo que ela, estudante de Tecnologia da Informática, inteligente e divertido. Ele tocava guitarra numa banda de rock alternativo. Alguma coisa mágica aconteceu no primeiro encontro dos dois. Carla ouviu os sinos da paixão tocarem a primeira vez que eles se beijaram.
Mas ele era um moleque, que não sabia o que queria da vida. Namorou Carla sem pedi-la em namoro. Os dois se davam muito bem em todos os sentidos. A única queixa que Daniel tinha de Carla eram seus vícios: o de fumar e os de linguagem.
O casal vivia sendo incomodado com as ligações de Paula chamando os dois para lhe fazerem companhia. E eles realmente faziam. Paula foi com a cara de Daniel desde que soubera a história do “cara de boi” e adorava segurar vela para os dois.

(...)
Era feriado prolongado, 7 de Setembro, e muita gente ia viajar. Não tinha muito o que fazer na cidade. Nenhuma festa que valesse a pena.
Paula chegou ao apartamento de Carla.
-Oi Carla!
-Ô Fia, chega aí – e foi puxando Paula para o quarto onde ela escolhia o que vestir – o Daniel chamou a gente para ir lá na casa dele.
-Eu também? Por que?
-Os pais dele foram viajar- explicou Carla.
-E nós vamos fazer um menage? – brincou Paula
Elas riram e Carla delicadamente explicou:
-Não é nada disso sua Loki. Alguns amigos dele vão estar lá. Todos tem namoradas também. Espero que você não se importe.
-Claro que não! Estou acostumada.
Eis que a campainha toca e uma visita inesperada chega ao Apê de Carla: Vânia.
Vânia é uma das 1.200 amigas de Carla, assessora de imprensa, loira, bonita, tinha 23 anos e um filho de 3, o Gabriel. Vânia era uma pessoa muito agradável, dessas que a gente gosta de conhecer. Ela contou umas fofocas sobre os bastidores do show do rappa, e pediu permissão para acender um baseado, permissão essa que lhe foi concedida.
No dia 6 de setembro de 2006, Carla fumegou um baseado pela primeira vez. Como todo principiante, ela dizia:
-Acho que num me deu nada cara.... to de cara que num me deu nada.... nossa... parece que a minha boca tá colenta.... nossa... vocês ouviram isso? .... minha voz tá fazendo eco... que raiva que não me deu nada...
Terminadas as baforadas elas se despediram de Vânia e entraram no carro de Carla. Enquanto cada uma acendia seu marlboro light e cantava Cat Power, Paula sentiu seu pé escorregar.
- que merda é essa Carla? Faz um mês que essa casca de banana tá aqui!
Hahahahahaahahhahahaahaha- riram chapadas.
Paula atirou a casca na caçamba de uma montana que tocava Edson e Hudson. E seguiram felizes da vida por punir os dois marmanjos que ousavam escutar sertanejo naquela altura.
(...)

24 de abril de 2007

Parte II


Até então, a única das três que tinha namorado era Lorena. O namorado dela morava no litoral de Santa Catarina e ela estava esperando o fim do curso para juntarem as escovas de dente. Fazia quase 3 anos que ela e Rafael estavam namorando à distância.
Eis que Carla, num belo dia, foi a um bar popular da cidade se encontrar com um cara que tinha conhecido no ORKUT. O nome dele apareceu entre os visitantes recentes de sua lista e ela entrou no endereço do moço para saber de quem se tratava. Leandro era o nome dele. Ela gostou do perfil do garoto e tratou de deixar um scrap para ele.
Ela escreveu: Oi :) !
Leandro respondeu: Cara de boi!
E foi paixão ao primeiro scrap!

(...)
Já fazia 4 meses que Paula não ficava com ninguém e ela pretendia permanecer assim até superar a terrível dor que sentia. É verdade que estava bem melhor do que 4 meses atrás. Mas ainda não sentia-se pronta para envolver-se com outra pessoa.

Quando Pedro terminou com Paula, ele a chamou de biscate e acusou-a de várias coisas só porque ela teria tirado o “namorando” e colocado solteira no seu orkut. Ah, o Orkut! unindo e separando pessoas. Na verdade Pedro não era uma pessoa muito confiável, por isso desconfiava tanto de Paula.

Era como se ele tivesse ferido-a de morte. Sua lealdade era algo inquestionável, ela nunca se envolvera com homem nenhum enquanto estava com ele e achava que ele também não. Confiava, ingenuamente, de olhos fechados e sequer desconfiava que tanta desconfiança por parte dele fosse sinal de sua desonestidade.

Paula era uma ex-gorda. Que passou drasticamente do modelo 44 para o 38, e consequentemente de “gordinha engraçada” para a garota mais bonita do curso. Por ter sempre sido rejeitada pelos homens enquanto estava acima do peso, procurava se envolver com homens que gostassem dela pela sua essência.

Acontece que Paula, agora, vivia oscilando seu manequim entre o 40 e o 42. Quando o manequim usado era o 42, era sinal de que as coisas não estavam nada bem e que ela andava se entupindo de comida para preencher o vazio. Em geral ela usava o 40, sempre lutando contra os impulsos compulsivos pela comida. Sua amiga Lorena era sua grande companheira de dietas malucas. Todas as dietas que existiam as duas já testaram. Se era dieta, elas já haviam feito.

Ao contrário das duas, Carla era magra e comia feito um passarinho. Elas costumavam dizer que dentro daquela barriga tão pequena, não cabia mesmo muita comida.
Carla e Paula trabalhavam perto uma da outra, de modo que muitas vezes as duas almoçavam juntas. Certa vez, no auge de um regime, Paula pesou seu prato de bife grelhado e saladas e ele estava mais pesado que o de Carla.
Carla é dona de madeixas loiras e de uma franjinha “pega-rapaz”. É uma dessas garotas que tem um milhão de amigos, viciada em sexo, mudou-se para Maringá para fazer faculdade e como toda mulher, também era insatisfeita com seu corpo.

Carla era espontânea e engraçada! nesse dia em que seu prato pesou menos que o de Paula, ela serviu-se de uma banana de sobremesa. Quando as duas entraram no carro e foram para o "round 2" dos seus trabalhos, Carla virou-se para Paula com a casca de banana na mão e disse:
-Coloca ali para mim!
-Ah sim! No consori ou no porta luvas?
-Hahahahahahha- riram
-No chão mesmo!

(...)

23 de abril de 2007

Paula é uma pisciana, universitária de 24 anos. Cursa o quinto ano de administração. Curso escolhido na fila do vestibular enquanto observava a lista dos menos concorridos da universidade.
Desde Maio , ela vinha sofrendo com o pé na bunda que levou de seu namorado: Pedro. Essa era mais uma das vezes que Pedro terminara com ela. Mês-sim mês-não ele a deixava na rua da amargura dizendo que não a amava e que não tinha mais planos para os dois. Acontece que já era Setembro e os dois ainda não tinham reatado. A coisa, dessa vez, parecia ser definitiva.
Paula nunca mais freqüentara os mesmos lugares onde pudesse encontrá-lo e eles se quer se cumprimentavam quando isso ocorria. Depois de muito sofrimento, dias e noites chorando sem entender como uma pessoa que ela amava tanto podia simplesmente mandá-la viver sua vida de solteira, ela começou a sair de casa para algumas ocasiões.
-Vamos no Bil então, mas se o Pedro estiver lá eu não quero descer- disse Paula.
- Mais cedo ou mais tarde vocês vão acabar se cruzando. Maringá é pequena e ele vive indo a todos os lugares em que pode te encontrar. Tenho certeza que ele está te cercando. O que o Pedro estaria fazendo em um show de reggae? É o mesmo que você ir ao Fábrica Rock e não querer encontrá-lo. – disse Carla, amiga de Paula.

-Mas quem disse que eu gosto de reggae? – Paula havia freqüentado varias festas de reggae no início da faculdade, mas não porque fosse seu gênero preferido de musica, muito pelo contrário, ela gostava mesmo era de Samba, blues, jazz e soul music. Mas essas festas eram o que estava rolando na cidade, ela e suas amigas não perdiam uma.
-Você não, mas eu e a Lorena gostamos e ele sabe disso! – Nesse momento Paula teve certeza que Carla tinha imaginação fértil demais- Por isso ele vai nos lugares onde nós duas gostamos de ir. Porque ele sabe que você vive com a gente.
-Tá bom Carla, não vou discutir sobre isso com você, o que eu quero dizer é que se ele estiver sentado lá eu não vou querer descer. Quero me poupar de aborrecimentos.
-Tá bom, eu só espero que você não deixe de viver para poupar de se aborrecer!
Carla e Lorena estudaram na mesma sala de Paula. Elas andavam se desdobrando em atenções e formas para que ela não ficasse tão triste e que saísse para arrumar um novo paquera.
(...)
Elas passaram no apartamento de Lorena, acenderam um marlboro light cada uma, colocaram o CD do Zeca Baleiro e rumaram para o Bil.
- – Chamou Carla.
-Oi fia. – respondeu Lorena
-A Paula tá dizendo que se o Pedro estiver sentado lá no Bil, ela não vai querer descer. – completou Carla.
-Aiiiii, nem eu! – Lorena sempre compreendeu e deu força para todas as escolhas de Paula, mesmo quando essas escolhas eram absurdas, e nesse caso, ela achava que Pedro não era digno nem de olhar Paula.
Para sorte delas, ele não estava. Elas desceram, ficaram lá o tempo suficiente para secarem 10 garrafas de cerveja e fumarem 2 maços de cigarro. Já haviam desenvolvido milhares de teorias sobre a vida delas e a dos outros. Chegaram a conclusão que Angélica, a da musica vou de táxi, tinha feito a melhor coisa de sua vida casando-se com Luciano Hulck e que seu filho era lindo graças ao bom Deus!
Resolveram ir embora. Passariam numa locadora antes de irem dormir todas na casa de Carla.

Sempre que Paula bebia, ela perdia um pouco a vergonha na cara. Ela já tinha brincado com o frentista do posto de gasolina pedindo para que ele enchê-se o tanque com dez reais. Agora entrara na loja de conveniência falando sem parar. As três riam de tudo. Pegaram mais uma caixinha de cerveja, dois maços de Marlboro light , 2 DVDs e foram para o apartamento de Carla.
Como já era de praxes, elas acabaram dormindo durante o trailer.

16 de abril de 2007

Viva as personalidades diferentes!
é na diferença que os relacionamentos se completam.
viva a sinceridade,
só os sinceros de coração,
que não fingem e não tem vergonha de se mostrar como realmente são,
podem se relacionar profundamente
e obter da vida o melhor.
Intenso e Profundo
verdadeiro

Viva os que tem coragem para isso,
os que pagam o preço de as vezes serem mal interpretados.
Mas que constroem seus relacionamentos em bases firmes,
porque esses não sucumbem a toa.

Através de sinceridade,
respeito e afeto
se alcança
relação plena
a felicidade
independente da adversidade,
consciência limpa que vem da certeza de ser
de verdade!
Amar independente de concordar
a diferença, no relacionamento é soma!
e não divisão.
Respeite e Aproveite!

9 de abril de 2007

Cade meus ovos de chocolate?

Natal sem presente
Páscoa sem ovos de chocolate
sem pegadas de coelho
sem doce
sem graça

Infância sem acreditar em papai noel
por isso eu vivo
sempre rabiscando em algum papel
porque tinha que ser a minha educação tão cruel

Porque eu sempre tive que saber a verdade?
a sua verdade
quem falou que ela existe?

cresci sabendo que minhas coleguinhas estavam sendo enganadas
e que por mais que elas prometessem se comportar
o bom velhinho só ia presentear
com o que o bolso dos pais pudesse comprar

cresci sem me misturar

sem me camuflar

tendo que acreditar na ressurreição ao invés de Páscoa
em nascimento na manjedoura ao invés de natal
em papai do céu ao invés de papai noel
em inferno
em diabo e Deus

no céu

...

29 de março de 2007

Poema que estava guardado no Rascunho

Enfim, a tal viagem de Carnaval
Horas na estrada com a bunda quadrada
no rádio o CD tocando pela Quinta vez
Carol, Carol, Carol, Carol, Carol, Carol
CAROLINA
Seu Jorge fez música pra ela
5:00 da manhã e
Minha companheira
Não me abandonou apesar do sono
Café, pão de queijo, posto panorâmico
Gasolina barata!
Chuva na serra do mar
Confidencias de ilha do mel para acordar.
Cigarrinho até quase vomitar.
O melhor da viagem
Não foi a ida, foi a volta
foi a parte em que passei a admirá-la.
Nenhuma novidade:
Ela é livre.
mulher pequena
Co coração grande
Cabeça de homem num corpo de menina.
Tão independente que assusta
Tão contraditória que confunde.
Enquanto todo mundo dormia
Ela me fazia companhia.
Cuidava das placas e do velocímetro
Nos perdemos na conversa
Entramos na contra mão
ela viu, eu não
Quase batemos
Fomos e (não) voltamos
por dias
coisas que não conseguiamos esquecer
...
Ô Caroline eu preciso de você
Hj o telefone não tocou
resolvi, então, deixá-lo no modo silencioso
reza a lenda que:
agua nao ferve enquanto se olha para ela.

Hj o telefone não vibrou
resolvi, então, me ocupar com as minhas coisas
lavar algumas roupas...
agora sou eu que não quero mais!

Enquanto arrumava as gavetas me dei conta
do quanto tinha acumulado
quanto CD desarrumado
quanto creme quase acabado

Meus dias de semana serão assim
um tempo que tiro só pra mim
Hj a noite o telefone ficou desligado
até que enfim!

Receita do meu Samba

Sem rima,
compasso
Ando meio sem graça
me abraça...
hoje eu quero dançar.
Pode ser um Chico para começar
Noel pra embalar
E demônios pra finalizar
Recheie com Tons
Jobim/Zé
Jorges Ben/Meu
Toquinho
Martinho
Que bonitinho! Já deu pra animar.

26 de março de 2007

Saudade do Cê

24 de março de 2007

minhas emoções sao como uma montanha russa

ignorei o despertador hj cedo
final de semana é sempre bom
mesmo quando chove
mesmo qndo vc nao tem grana pra se divertir
da muito tempo de dormir

de pensa em bobeira
de liga pra todo mundo
pra fala besteira

da ate tempo de se esforçar
escrever umas palavras só pra rimar

eu só precisava mesmo era descansar...

21 de março de 2007

Ando perdida
estou cansada
...

a solidão as vezes me abate.

19 de março de 2007

Regina

Eu adoro descrevê-la
pq ela é assim...
morena, de caixinhos de anjo,
fica horas no telefone comigo
lava roupa, faz café, fuma um cigarrinho
e eu ainda estou no telefone com ela
faz a unha,
conta que foi a alguma megalópole aqui perto a trabalho
e q. aconteceu um imprevisto.
Continuo no telefone com ela,
é difícil se desligar dela.
Sua companhia é muito agradável
ela ja é dona de casa,
desde os tempos do internato
ela mora sozinha...
parece mãe da gente
ouve com paciência, só pede calma,
ajeita a cadeira e acende o marlboro
tem um gato
um não, dois!
o Ozzy (estimação)
e o Robertinho... (coração)
falando em inho,
ela tem essa estranha mania
de falar tudo no diminutivo.
tão meiga que chega a irritar.
da vontade de aperta
doida
muito doida,
seja isso pra vc o que significar
bebe, fuma, come
e cozinha como ninguém
o lugar mais legal...
todas as visitas viram eventos
não me esqueço seus cobertores,
televisores
filmes no inverno
tekila, pastel de todos os sabores
pães de queijo
suas trufas,
ela é engraçada por demais
ai eu ligo,
ela nao retorna
eu digo que não vou mais ligar
mas eu nao resisto...é mesmo difícil se desligar

14 de março de 2007

Ela me disse para não acreditar.
Nesse tempo moderno,
mentir é uma questão de classe
Não acredite no gênero,
Há quem minta olhando nos olhos.
Acredite só em você – disse-me ela –
e naqueles que lhe tem amor
Incondicional também na coragem
de dizer a verdade.
Ela me disse que passa
ainda que não pareça.
Me disse que sara,
mesmo que demore.
Que me socorre,
caso eu precise.
Que me admira,
porque eu sou forte .
E que me ama,
para todos os efeitos.

9 de março de 2007

10 de Março de 1982

o dia em que tudo começou pra mim!

27 de fevereiro de 2007

Novo dia

Mais um dia...
as coisas estão mesmo melhorando
café na mesa
pão fresquinho,
beijo da Katinha antes de sair
mil beijos dela antes de sair pra aula,
eu me demoro na mesa
vejo o alvoroço deles correndo pra
que ela não perca o ônibus das 8
sendo que ainda é 7e30
e eu tranquila esperando a carona das 7e45
sem escovar os dentes e pentear o cabelo
o meu sossego irrita
hehehehehehe
não a mim, é claro!
a pressa desnecessária deles
me deixa feliz, sorrindo
e achando tudo aquilo muito engraçado!
muito lindos...
como é bom qndo papai esta por perto
tudo funciona muito melhor
até o intestino da katia
...

15 de fevereiro de 2007

Meu Pai

é um Herói disfarçado de terno,
gravata e sapato social

25 de janeiro de 2007

Quanto pesa a idade?
Para nós mulheres, 1 quilo a mais por 10 anos.
Para os homens, 10  fios de cabelo branco?
Agora tudo me preocupa.
Meu metabolismo não é mais o mesmo.
A cervejinha de cada dia se instalou ao redor da minha cintura,
e ela veio pra ficar!
Já me obrigou a mudar o tamanho do manequim.
Ah, os anos pesam!
Refletem no espelho um olhar sem brilho e
um pouco mais de olheira.
Já me obrigaram a rotina da ginástica.

Ai que canseira.

Que preguiça!

Quem inventou que a gente tinha que ter reflexos físicos da idade?
E que ela deveria pesar tanto?
Antes fosse só a parte boa! A maturidade.
A sensação de segurança,
Saber o que se quer da vida.
De realizar a cada ano algo significativo.
Viver coisas novas todo dia. Aprender e entender
coisas que não entendíamos quando usávamos o manequim um número menor.
Ter dinheiro próprio.
Torrá-lo como bem entender.
Decidir onde ir e como chegar.
Não fossem os quilos a mais,
o trabalho dobrado,
se não tivéssemos que engolir alguns sapos...
sapatos apertados.
Calor no escritório.
Se a dieta não tivesse virado habito alimentar.
É um peso!
Temos que nos livrar de algumas bagagens para poder carregá-lo.
Esquecer o que passou,
olhar pra frente,
respirar fundo e correr!
Apesar disso tudo a idade traz uma paz muito grande.
Uma capacidade de compreensão que vem da experiência.
E será que aumenta com o tempo?
Minha mãe adora ter 56 anos
curtir os frutos do que plantou.
Estudar denovo, os netos, passear com a Katinha e com a Etelvina
Eu tive muito medo de crescer,
da responsabilidade da escolha,
meti os pés pelas mãos.
Mas eu cresci e estou aprendendo
Sei onde quero chegar e
Mais ou menos por onde devo andar.
Mas quero muito que isso mude logo.
Que chegue o próximo emprego,
o próximo salário, o diploma,
a pós, o príncipe,
as crianças!
As viagens, o Chile, a Itália, Amsterdã...
Faço planos com os sonhos,
desejo que eles se realizem!
Me sinto bem e feliz!
Me sinto meio criança,
brincando de ser gente grande.
Eliminado o peso da idade...

18 de janeiro de 2007

Meu Quarto

E existe algo mais pessoal em uma casa do que isso?
Um cômodo só meu
Meu refúgio dentro da mini sociedade que é o meu lar
Meu pequeno mundo
Minhas fotos, meus livros,
minhas bijouterias
Não mecha, não se faça de besta
Não limpe, não lave e muito menos arrume.
Não jogue fora
sem me consultar
Ela quis me insultar...
Invadiu meu mundo
passou dos limites
E a minha privacidade, onde foi parar?
Deve estar junto com o aparelho de depilar
Eu ameacei...
Trocarei seus tapetes de lugar
Não darei descarga quando cagar
Jogarei fora seus cremes anti-sinais
Quando eu vi, falei
Briguei...
Aqui, no meu território, você não vai mijar!

12 de janeiro de 2007

Preencher



E que dia? Que horas!
Quando foi que elas viraram séculos?
Quando que depois das sete demorou tanto?
Quando de tão vazio secou?
Encho a cabeça de fumaça
O cu de cachaça
Encho esse blog de palavras
Meus ouvidos de silêncios
Meus olhos de histórias.
Meu guarda roupa de vestidos
Minha estante de livros...
Minha parede está cheia de fotos, minha porta cheia de cintos.
E sinto que estou esvaziando meu coração.
Alguém, por favor,
Segura a minha mão!
E não solte nunca mais.

Banheiro de Festa

A pior parte das festas em chácara, pelo menos para as mulheres, é o banheiro.
É bom que não tenha espelho. E que depois da segunda cerveja o numero de privadas triplique.
Há algum tempo, uma loira azeda desrespeitou uma fila imensa em que eu e duas amigas (Marie e Bia) estávamos.
A desculpa?
- Vou verificar um vazamento. Eu sou a namorada do dono da festa!
Houve um burburinho cheio de indignação na fila.
Mas não é a toa que Marie tem apelido de Dona Onça!
- O que ta vazando é a sua Xana. Sai logo daí que ta todo mundo respeitando a fila numa boa.
(disse algo assim)
Todas se encheram de coragem depois disso e começaram a dizer coisas muito engraçadas para a loiravadia.
Depois que nossa desafeto saiu do banheiro quase escorraçada, nós três fomos presenteadas com a vez do banheiro. Tudo isso graças ao bendito pavio curto da Onça.
É claro que nós fizemos valer tanta gentileza e em menos de 3 minutos já tínhamos esvaziado as bexigas e a fila permaneceu em ordem até o fim da festa.