1 de julho de 2009
E não é que é.
"De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. Decerto tudo deve estar sendo o que é."
21 de maio de 2009
14 de maio de 2009
10 de maio de 2009
21 de abril de 2009
20 de abril de 2009
14 de abril de 2009
30 de março de 2009
aniversários
No dia em que fiz 27 anos,
completei também 1 ano sem comer frango;
e 1 ano e 9 meses sem carne vermelha.
completei também 1 ano sem comer frango;
e 1 ano e 9 meses sem carne vermelha.
21 de março de 2009
1 de março de 2009
No mesmo carro, outrora apedrejado, os três se espremiam no banco de trás. Com eles uma nova integrante no grupo ajudava o espaço a parecer menor.
Iam almoçar fora num domingo lindo. Era tudo novo. Ela inicia, então, um diálogo:
- Tia
- oi.
- Você casou com o meu pai né?
- Casei.
- Então agora você é mulher dele?
- Sim, eu sou.
- A mulher do meu pai é minha mãe?
- Se você quiser que eu seja.
- Eu quero.
...
- Tia.
- Oi.
- Então eu posso te chamar de mãe? daqui pra frente?
- pode.
- E meus irmãos também, porque a mulher do meu pai é mãe de todos nós.
Iam almoçar fora num domingo lindo. Era tudo novo. Ela inicia, então, um diálogo:
- Tia
- oi.
- Você casou com o meu pai né?
- Casei.
- Então agora você é mulher dele?
- Sim, eu sou.
- A mulher do meu pai é minha mãe?
- Se você quiser que eu seja.
- Eu quero.
...
- Tia.
- Oi.
- Então eu posso te chamar de mãe? daqui pra frente?
- pode.
- E meus irmãos também, porque a mulher do meu pai é mãe de todos nós.
27 de fevereiro de 2009
outras lembranças
não sabe bem...
sente "que é como sonhar,
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer"
a segunda lembrança é tão vaga que parece um sonho.
sem data,
sem pé nem cabeça.
no passado e cada vez mais distante,
mas insiste em não desaparecer.
Eram os três pequenos.
A mulher estaciona o carro na frente da casa.
O mais velho deles enche a mão com pedras e pede que os pequenos façam a mesma coisa.
-Agora atirem no carro!
Inesquecível, também, foi a surra que os três levaram quando o pai chegou em casa.
sente "que é como sonhar,
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer"
a segunda lembrança é tão vaga que parece um sonho.
sem data,
sem pé nem cabeça.
no passado e cada vez mais distante,
mas insiste em não desaparecer.
Eram os três pequenos.
A mulher estaciona o carro na frente da casa.
O mais velho deles enche a mão com pedras e pede que os pequenos façam a mesma coisa.
-Agora atirem no carro!
Inesquecível, também, foi a surra que os três levaram quando o pai chegou em casa.
16 de fevereiro de 2009
Lembranças desconexas - a primeira
Da primeira infância, se lembra de dormir agarrada às pernas do pai
enquanto os irmãos, mais velhos que ela, disputavam um espaço nos braços viúvos.
Dormiam embolados e acordavam mijados!
Ela não se lembra de ser repreendida por isso!
Tentavam sobreviver unidos.
enquanto os irmãos, mais velhos que ela, disputavam um espaço nos braços viúvos.
Dormiam embolados e acordavam mijados!
Ela não se lembra de ser repreendida por isso!
Tentavam sobreviver unidos.
9 de fevereiro de 2009
a primeira vez que se sentiu sozinha
A aparição do pai durou pouco mais de um minuto.
Ao ver o estado emocional em que a morte da mãe da criança deixara o pai dela, o médico foi categórico:
- Pai, vá para casa e cuide de você. Fique tranquilo! Porque da sua filha cuido eu.
Então foi isso. E ela estava sozinha de novo. E foi assim que aprendeu, desde pequenina, a não contar com ninguém porque pode ser que lhe faltem.
Como os bebês que sabem que não são bem vindos, ela não chorou para não incomodar.
Mas sentiu muito.
Ao ver o estado emocional em que a morte da mãe da criança deixara o pai dela, o médico foi categórico:
- Pai, vá para casa e cuide de você. Fique tranquilo! Porque da sua filha cuido eu.
Então foi isso. E ela estava sozinha de novo. E foi assim que aprendeu, desde pequenina, a não contar com ninguém porque pode ser que lhe faltem.
Como os bebês que sabem que não são bem vindos, ela não chorou para não incomodar.
Mas sentiu muito.
19 de janeiro de 2009
a primeira vez que sentiu
Ela fora internada no dia em que a mãe falecera!
E durante todo o tempo que se gasta entre velório e enterro, esteve na UTIzinha de crianças. Tinha dois anos e sentia uma angústia muito grande. Ter os bracinhos amarrados impediam-na de chupar o dedo.
Ela viu quando o pai apontou na porta da UTIzinha, seu coração disparou e ela se encheu de um sentimento que hoje em dia conhece muito bem.
Foi essa a primeira vez que ficou ansiosa.
E durante todo o tempo que se gasta entre velório e enterro, esteve na UTIzinha de crianças. Tinha dois anos e sentia uma angústia muito grande. Ter os bracinhos amarrados impediam-na de chupar o dedo.
Ela viu quando o pai apontou na porta da UTIzinha, seu coração disparou e ela se encheu de um sentimento que hoje em dia conhece muito bem.
Foi essa a primeira vez que ficou ansiosa.
12 de janeiro de 2009
6 de janeiro de 2009
3 de janeiro de 2009
primeira conversa do ano
enquanto conversavam...
concordaram que sensibilidade nada tem a ver com fraqueza.
e que essa, a primeira, é uma qualidade indispensável para alguém ser respeitado por elas.
já a segunda...
concordaram que sensibilidade nada tem a ver com fraqueza.
e que essa, a primeira, é uma qualidade indispensável para alguém ser respeitado por elas.
já a segunda...
2 de janeiro de 2009
no primeiro dia do ano
depois do desconfortável almoço rico,
voltaram para casa.
o pai foi navegar na internet
a mãe tocava teclado enquanto a filha cantava desafinadamente os hinos.
e no quarto ao lado ela lia a história contada pela Morte,
no livro "a menina que roubava livros"
voltaram para casa.
o pai foi navegar na internet
a mãe tocava teclado enquanto a filha cantava desafinadamente os hinos.
e no quarto ao lado ela lia a história contada pela Morte,
no livro "a menina que roubava livros"
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