25 de janeiro de 2007

Quanto pesa a idade?
Para nós mulheres, 1 quilo a mais por 10 anos.
Para os homens, 10  fios de cabelo branco?
Agora tudo me preocupa.
Meu metabolismo não é mais o mesmo.
A cervejinha de cada dia se instalou ao redor da minha cintura,
e ela veio pra ficar!
Já me obrigou a mudar o tamanho do manequim.
Ah, os anos pesam!
Refletem no espelho um olhar sem brilho e
um pouco mais de olheira.
Já me obrigaram a rotina da ginástica.

Ai que canseira.

Que preguiça!

Quem inventou que a gente tinha que ter reflexos físicos da idade?
E que ela deveria pesar tanto?
Antes fosse só a parte boa! A maturidade.
A sensação de segurança,
Saber o que se quer da vida.
De realizar a cada ano algo significativo.
Viver coisas novas todo dia. Aprender e entender
coisas que não entendíamos quando usávamos o manequim um número menor.
Ter dinheiro próprio.
Torrá-lo como bem entender.
Decidir onde ir e como chegar.
Não fossem os quilos a mais,
o trabalho dobrado,
se não tivéssemos que engolir alguns sapos...
sapatos apertados.
Calor no escritório.
Se a dieta não tivesse virado habito alimentar.
É um peso!
Temos que nos livrar de algumas bagagens para poder carregá-lo.
Esquecer o que passou,
olhar pra frente,
respirar fundo e correr!
Apesar disso tudo a idade traz uma paz muito grande.
Uma capacidade de compreensão que vem da experiência.
E será que aumenta com o tempo?
Minha mãe adora ter 56 anos
curtir os frutos do que plantou.
Estudar denovo, os netos, passear com a Katinha e com a Etelvina
Eu tive muito medo de crescer,
da responsabilidade da escolha,
meti os pés pelas mãos.
Mas eu cresci e estou aprendendo
Sei onde quero chegar e
Mais ou menos por onde devo andar.
Mas quero muito que isso mude logo.
Que chegue o próximo emprego,
o próximo salário, o diploma,
a pós, o príncipe,
as crianças!
As viagens, o Chile, a Itália, Amsterdã...
Faço planos com os sonhos,
desejo que eles se realizem!
Me sinto bem e feliz!
Me sinto meio criança,
brincando de ser gente grande.
Eliminado o peso da idade...

18 de janeiro de 2007

Meu Quarto

E existe algo mais pessoal em uma casa do que isso?
Um cômodo só meu
Meu refúgio dentro da mini sociedade que é o meu lar
Meu pequeno mundo
Minhas fotos, meus livros,
minhas bijouterias
Não mecha, não se faça de besta
Não limpe, não lave e muito menos arrume.
Não jogue fora
sem me consultar
Ela quis me insultar...
Invadiu meu mundo
passou dos limites
E a minha privacidade, onde foi parar?
Deve estar junto com o aparelho de depilar
Eu ameacei...
Trocarei seus tapetes de lugar
Não darei descarga quando cagar
Jogarei fora seus cremes anti-sinais
Quando eu vi, falei
Briguei...
Aqui, no meu território, você não vai mijar!

12 de janeiro de 2007

Preencher



E que dia? Que horas!
Quando foi que elas viraram séculos?
Quando que depois das sete demorou tanto?
Quando de tão vazio secou?
Encho a cabeça de fumaça
O cu de cachaça
Encho esse blog de palavras
Meus ouvidos de silêncios
Meus olhos de histórias.
Meu guarda roupa de vestidos
Minha estante de livros...
Minha parede está cheia de fotos, minha porta cheia de cintos.
E sinto que estou esvaziando meu coração.
Alguém, por favor,
Segura a minha mão!
E não solte nunca mais.

Banheiro de Festa

A pior parte das festas em chácara, pelo menos para as mulheres, é o banheiro.
É bom que não tenha espelho. E que depois da segunda cerveja o numero de privadas triplique.
Há algum tempo, uma loira azeda desrespeitou uma fila imensa em que eu e duas amigas (Marie e Bia) estávamos.
A desculpa?
- Vou verificar um vazamento. Eu sou a namorada do dono da festa!
Houve um burburinho cheio de indignação na fila.
Mas não é a toa que Marie tem apelido de Dona Onça!
- O que ta vazando é a sua Xana. Sai logo daí que ta todo mundo respeitando a fila numa boa.
(disse algo assim)
Todas se encheram de coragem depois disso e começaram a dizer coisas muito engraçadas para a loiravadia.
Depois que nossa desafeto saiu do banheiro quase escorraçada, nós três fomos presenteadas com a vez do banheiro. Tudo isso graças ao bendito pavio curto da Onça.
É claro que nós fizemos valer tanta gentileza e em menos de 3 minutos já tínhamos esvaziado as bexigas e a fila permaneceu em ordem até o fim da festa.