Então cantamos juntas no meio da bagunça
da nossa "reforma".
amanhã teremos estofados novos.
de listras!
Foi dia de visita da vovó-
ela que mal sai de casa.
dia de estrear o presente da mãe
e ouvi-la tocar os hinos que a vó adora.
dia de ver meu pai pilotar a cozinha
enquanto a gente vira a sala de ponta cabeça.
De ver a Katinha berrar, de tanta alegria
Ninguém sai! - deu vontade de falar.
Vamos ficar por aqui. Felizes!
Vamos cantar as musicas de domingo e
logo mais sentar na reforma
para jantar
prosear
"Graças dou pelo futuro
e por tudo que passou"
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Reminiscências saudosistas
Sete horas e quinze minutos de uma manhã que parecia não querer despertar, estava como nós, ainda um pouco sonolenta. Aos arredores daquela imensa sala do terceirão nossas conversas, com a inevitável preguiça matinal, desenrolavam-se...
Sinal Toca.
Entramos e sentamos em nossos lugares de sempre: o fundão.
A classe tinha uma disposição bem definida composta de fileiras alinhadas e do fundão. Sim, pois nós tínhamos uma disposição peculiar: cadeiras aglomeradas, não importando se estavam ou não seguindo as fileiras, mas sim, se as pessoas que se queriam bem e que se gostavam estavam próximas o suficiente para uma atraente conversa, enquanto uma aula, não tão atraente assim, desenrolava-se.
Lembro-me que num desses momentos não tão atraente de aula, comentei com a Talita, com a Bárbara e com o Vi que ontem havia lido textos fantásticos que descobri em um blog na internet.
O Cássio, do outro lado do fundão, sem saber o que conversávamos sussurrou para o Hi que ontem havia passado horas lendo um blog de um bom gosto ímpar.
No meio do fundão e entre as duas conversas pararelas e simultâneas que rolavam, a Fernandinha, numa crise de ciúmes e sentindo-se excluída (o que é normal - diga-se de passagem) por não fazer parte de nenhuma das conversa, interrompe à todos:
- Moçada, esse blog que vocês comentam, “O Fabuloso Destino de Fernanda”, é escrito por mim!
O alvoroço foi geral. Elogios, parabenizações e demonstração de admiração se intensificaram. Todos que participavam da conversa queriam expressar a competência pelos escritos da Fernandinha ao ponto de nossa conversa ser percebida pelo professor, que lá da frente adverte em tom ameaçador:
- Atenção vocês sete aí do fundo, se não calarem a boca vou colocar pra fora!
Por um momento tudo voltou a ser como antes, silente, sem graça e, até mesmo, sonolento. Mas só por um momento...
Hoje, cada um para um lado, cada qual em um estado, todos com destinos traçados, às vezes falta até contato... Ainda bem que tenho o blog da Fernandinha, escrito de forma primorosa, que me traz à tona lembranças que a poeira do tempo insiste em acobertar.
Postar um comentário