12 de dezembro de 2006

Hospedando Anjos

Sem saber ou sem querer,
Acabei convivendo com um ser desses!
Olha, não é fácil!
Eles precisam de cuidado dobrado,
Carinho exagerado, de paciência.

De olhar sincero, de tom de voz moderado.
São mimados, não dividem suas coisas
Tem ciúmes de suas melhores roupas

São seres maquiavélicos
Dizem no quarto que te chamam na cozinha
E na cozinha que te chamam no quarto!
Promovem encontros nos corredores.

Olhares curiosos nos elevadores!

Eles não passam vontade,
Falam tudo o que pensam
E quando não são entendidos
Enrolam a lingua e fingem que não era nada.

Também são charmosos, seduzem com
Um sorriso meigo, uma barrigona grande
Pernas torneadas, olhinho vesgo
Lábios sempre molhados

Cuidado! Se eles te olharem no fundo dos olhos
E te chamarem pelo nome (provavelmente errado ou trocado)
Você não vai se importar

Eles não conhecem adjetivos ruins.
Todo mundo é lindona, gostosona
Amigona...
Todo mundo independente do genero ser masculino ou feminino!

Olha, não é fácil!

Esses seres superiorizados
Que estão aqui a passeio,
Ensinam seus hospedeiros
A amar, sem questionar

Deve Ter mais gente como eu
Hospedando anjos sem saber!


Obs. Ofereço essa poesia ao maior amor da minha vida. A dona do meu coração. Kátia, você que transforma tristeza em alegria, choros escondidos em sorrisos sinceros. “Quê ce tem Pher? Ce tá tite? Pher, iga o som pa kátia! Pher, eu qué u ce! Liga o pica-pica”
Eu tenho um anjo na minha casa! Na minha vida!

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